Augusto Hamann Rademaker Grünewald, nasceu no dia 11 de maio de 1905, no Rio de Janeiro, filho de Jorge Cristiano Grünewald e de Ana Guilhermina Hamann Rademaker Grünewald.
Ingressou na Escola Naval do Rio de Janeiro em 1923, concluindo o curso em 1927. Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), participou do patrulhamento do litoral brasileiro. Capitão dos portos de Santa Catarina, em Itajaí, entre 1946 e 1947, nesse mesmo ano fez o curso de comando da Escola de Guerra Naval. Dirigiu o Centro de Armamento da Marinha, no Rio de Janeiro de 1955 a 1956, e comandou, ainda em 1956, o 1º Esquadrão de Contratorpedeiros. Comandante do V Distrito Naval, sediado em Florianópolis, entre 1959 e 1961, ainda em 1961 tornou-se diretor-geral de Aeronáutica da Marinha, cargo exercido até 1962 No ano seguinte, assumiu a chefia do Núcleo de Comando da Zona de Defesa Atlântica. No começo de 1964, iniciou o curso da Escola Superior de Guerra.
Participou ativamente do golpe militar de 31 de março de 1964. Com a deposição do presidente João Goulart, assumiu o Ministério da Marinha e, paralelamente, integrou – ao lado do general Artur da Costa e Silva e do brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo, que ocuparam, respectivamente os ministérios da Guerra e da Aeronáutica – o autodenominado Comando Supremo da Revolução. Em 15 de abril, o marechal Humberto Castelo Branco, eleito pelo Congresso dias antes, assumiu a presidência da República. Nesse mesmo dia, Rademaker deixou a pasta da Marinha e a da Viação e Obras Públicas, a qual ocupava cumulativamente desde 4 de abril.
Alinhado aos setores militares que defendiam as medidas autoritárias implantadas pelo novo regime e que eram conhecidos como "linha dura", foi um dos patrocinadores do nome de Costa e Silva à sucessão de Castelo. Em março de 1967, com o início do governo Costa e Silva, reassumiu a pasta da Marinha.
O ano de 1968 foi marcado por grande tensão política que culminou com a edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro. Entre outros pontos, o AI-5 autorizou o presidente a decretar o recesso do Congresso e de outros órgãos legislativos, a cassar mandatos eletivos e a suspender os direitos políticos de qualquer cidadão, bem como a garantia de habeas-corpus. O fechamento do regime militar se acentuou a partir de agosto de 1969, quando o presidente Costa e Silva caiu doente e foi substituído interinamente por uma junta, formada por Rademaker e pelos outros dois ministros militares.
O curto periodo em que a junta militar permaneceu à frente do governo foi marcado pelo seqüestro, no início de setembro, do embaixador americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, por um grupo armado de esquerda. A libertação do diplomata foi condicionada à libertação de 15 presos políticos e à divulgação de um manifesto de oposição ao regime, condições que acabaram sendo aceitas pela junta.
Como Costa e Silva não apresentava melhoras em seu quadro de saúde, foi acertada a sua substituição definitiva. Assim, em outubro, o general Emilio Garrastazu Médici e o próprio Rademaker foram escolhidos pelos chefes militares, respectivamente, presidente e vice-presidente da República. No dia 22, a junta reabriu o Congresso, que no dia 25, numa eleição formal, confirmou-os nos cargos. Empossados em 30 de outubro, no mesmo dia Rademaker deixou a pasta da Marinha. Exerceu a vice-presidência durante toda a gestão do general Médici, encerrada em março de 1974.
Faleceu no dia 13 de setembro de 1985, no Rio de Janeiro.
Era casado com Rute Lair Rist Rademaker, com quem teve cinco filhos.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001