Lúcia Murat

Todas as entrevistas  

Lúcia Murat

No dia 18/07/2022, Lúcia Maria Murat Vasconcelos concedeu entrevista ao CPDOC para o projeto "Memórias do Cinema Documentário Brasileiro". Entrevistadoras: Adelina Novaes e Cruz, Isabella Poppe e Thaís Blank.

  • Memória do Cinema Documentário Brasileiro: histórias de vida

    Minutagem

    ENTREVISTA: 18.07.2022

     

    • 00:01:18 1º Bloco: Origens familiares; gosto por matemática e leitura quando adolescente; o antimilitarismo da família.
    • 00:07:46 2º Bloco: Entrada na Faculdade de Economia da UFRJ em 1967; participação no movimento estudantil e a violência militar; envolvimento em 1968 com a Dissidência Estudantil da Guanabara (DI-GB); frequência no Cinema Estação Paissandu e as discussões acaloradas sobre cinema; o Congresso da UNE de 1968 e menção aos líderes e às disputas entre as organizações da luta armada; tratamento militar mais tolerante com a classe média em comparação aos setores operários; apropriação da sigla do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8) para desarticular o discurso alegado pela repressão de que tal movimento tinha sido destruído. 
    • 00:19:53 3º Bloco: Dimensão emocional da juventude em participar da luta armada no contexto das ditaduras na América Latina; o AI-5 enquanto uma não-surpresa para a luta armada devido ao endurecimento da repressão; entrada na clandestinidade em 1969 e status de “queimada” por causa da prisão em Ibiúna (SP); queda em cadeia da luta armada com o sequestro do embaixador dos EUA no Brasil em 1969; o período passado na Bahia coordenando um grupo dissidente em 1970; a experiência de ficar “entocada”; a volta para o Rio em 1971 sem querer abandonar a luta armada; a possibilidade de ter existido um agente infiltrado na sua organização.
    • 00:35:37 4º Bloco: Acidente de carro sofrido na cidade de Búzios (RJ); medo da classe média por conta do aumento da repressão pós AI-5 e pós sequestro americano; prisão pelo DOI-CODI em 31 de março de 1971 após a dona do apartamento alugado dedurá-la; a  flebite na perna devido à tortura por pau de arara e tentativa de suicídio; possibilidade de assistência do pai pelos seus contatos; transferência para Barbalho (BA) e depois para Vila Militar (RJ) e Bangu (RJ); crítica à postura ignorante dos militares da época e da atualidade; misoginia e tortura sexual na prisão; o cotidiano e a irmandade com as mulheres do Pavilhão das Presas Políticas; maior controle dos militares na Vila Militar do que em Bangu; as leituras que a mãe mandava. 
    • 00:54:20 5º Bloco: Saída da prisão em de 1974; apoio judicial da família; maior distanciamento entre a Justiça Militar e o DOI-CODI no governo Geisel; o estranhamento e a solidão depois de ser solta; retomada da vida a partir dos trabalhos no Jornal do Brasil, no Diário, Comércio, Indústria & Serviços e no Jornal Globo; demissões por ameaças externas do regime militar; trabalhos com Paulo Adário, seu ex-marido, e o primeiro contato com o cinema enquanto trabalho.
    • 01:04:00 6º Bloco: Entrada no cinema como uma busca da sua própria geração latino-americana em resgatar as memórias das ditaduras; a produção precária do filme “O Pequeno Exército Louco” no Panamá e na Nicarágua em 1978; nascimento da sua filha e melhores condições de filmagem em 1979; a euforia após a Lei da Anistia; negociações com a Embrafilme e filmagens no Paraguai em 1980; crise da Embrafilme em 1981 após “Pra Frente, Brasil” de Roberto Farias e dificuldade de financiamento para finalizar o filme.     
    • 01:19:16 7º Bloco: O legado, o financiamento e os três olhares do filme “Que Bom Te Ver Viva”; a produção do longa e o gosto pela mistura entre ficção e documentário; as polêmicas e a postura de esquecimento voluntário por parte dos receptores do filme na época; aumento do número de filmes sobre as ditaduras latino-americanas a partir dos anos 2000; prêmios que o longa recebeu e mostra do filme em Buenos Aires; proposta de retratar personagens para além de vítimas.
    • 01:32:07 8º Bloco: Os projetos da Secretaria de Estado Extraordinária de Projetos Especiais do Rio de Janeiro a cargo de Darcy Ribeiro: “O Testemunho”, “Caso Eu Conto Como o Caso Foi” e “Mulheres no Cinema”; a dificuldade de viver fazendo cinema em toda a carreira; o questionamento constante sobre sua prisão; produções e ideias para os filmes “Olhar Estrangeiro”, “Uma Longa Viagem, “A Memória Que Me Contam” e “A Nação Que Não Esperou Por Deus”; a transformação pessoal com “Brava Gente Brasileira”. 
    • 01:49:21 9º Bloco: Inspirações para os personagens do filme “Ana. Sem Título”; financiamento e produção do longa; a sacada final do longa que mistura ficção e documentário; a participação dos atores na montagem do filme; contatos para o filme e mudanças no roteiro; o filme “O Mensageiro”, ainda em produção.

     

     

    © Todos os direitos reservados à FGV.


As manifestações expressas por entrevistados representam exclusivamente suas opiniões e não, necessariamente, a posição institucional da FGV.

 

Aviso importante:
Transcrições de entrevistas estão sempre sujeitas a erros. Elas são aqui disponibilizadas apenas com o intuito de facilitar a pesquisa, não devendo substituir a consulta ao documento audiovisual. Caso você perceba algum erro, por favor avise-nos através do Fale Conosco ou da ferramenta Colabore, disponível no sistema de acervo do CPDOC (é preciso estar registrado para utilizar esta ferramenta).