Eduardo Escorel

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Eduardo Escorel

Eduardo Escorel nasceu em 1945 na cidade de São Paulo. Filho do diplomata Lauro Escorel e de Sarah Escorel de Moraes, passou grande parte da infância no exterior. Na adolescência morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, desenvolvendo desde cedo o gosto pelo cinema. Seu primeiro contato com a atividade cinematográfica se deu aos 17 anos de idade, em 1962, durante o curso ministrado pelo cineasta sueco Arne Sucksdorff. Em 1964, trabalhou pela primeira vez como assistente de direção no filme O padre e a moça, de Joaquim Pedro de Andrade. Filme que ele também montaria. Mas foi a partir de Terra em transe (1966), de Glauber Rocha, que Eduardo Escorel passou a ser reconhecido como o montador do Cinema Novo. Tem início um longa carreira onde constam alguns dos principais títulos do cinema brasileiro: Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro, São Bernardo (1971), de Leon Hirszmann, Cabra marcado para morrer (1985), de Eduardo Coutinho, Santiago (2007), de João Moreira Salles, são apenas alguns dos filmes em que ele atuou como montador. Para além da montagem, Eduardo Escorel desenvolveu uma sólida carreira de diretor. Após Betânia bem de perto (1966), documentário dirigido em parceria com Júlio Bressane, realizou diversos filmes de ficção. Por Lição de amor (1975) recebeu, entre outros, o prêmio de melhor diretor no IV Festival de Gramado. Em 1990, voltou a dirigir documentários, 1930 - Tempo de revolução (1990), deu início a trilogia A era Vargas, que interroga esse período da história do Brasil a partir do uso de imagens de arquivo. Atualmente, além de diretor e montador, Eduardo Escorel atua como crítico de cinema no blog da Piauí e como coordenador da Pós-Graduação em Cinema Documentário da Fundação Getulio Vargas .

  • Memória do Cinema Documentário Brasileiro: histórias de vida

    Minutagem

    ENTREVISTA 1: 01.06.2012

    • 00:04:39 1º Bloco: Infância; viagens com o pai diplomata; convivência com os pais no Rio de Janeiro; vida nos Estados Unidos; proximidade com a irmã Silvia; volta ao Brasil; influência da carreira do pai nas filhas; orgulho do pai pela carreira dos filhos.
    • 00:15:16 2º Bloco: Memórias infantis com cinema; cinema no ambiente familiar; filmes assistidos nos EUA e no RJ; influência dos amigos interessados em cinema na juventude; mostras retrospectivas que o influenciaram. 
    • 00:21:10 3º Bloco: Vida com avós maternos; adaptação à vida em São Paulo; convivência com filhos de amigos dos pais interessados em cinema; como seus pais se conheceram; formação dos pais e diferenças ideológicas; artigo de Paulo Emilio; repercussão dessa união; origens do avô materno. 
    • 00:29:56 4º Bloco: Vestibular para Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); interesse por cinema em 1962 no curso de Arne Sucksdorf; volta para SP; o curso, seu conteúdo e participantes; trabalho de Sucksdorf; relação entre acontecimentos de 1962 e o curso; projeto de filme e permanência de Sucksdorf no Brasil. 
    • 00:48:19 5º Bloco: Vestibular para arquitetura em SP; volta para o RJ e trauma do Golpe de 1964; trancamento da faculdade de física; cinema como forma de encontrar grupos de referências e estabelecer informações. 
    • 00:55:37 6º Bloco: Golpe de 1964, mudanças e filmes importantes entre 1964 e 1968; interrupção da filmagem de “Cabra Marcado para Morrer”; artigo de Alex Viany; 1962; prêmio de “O Pagador de Promessas” no Festival de Cannes; grupo de pessoas do Cinema Novo; dificuldades com grupo de Cineastas de SP; como se tornou montador do Cinema Novo; montagem de “Terra em Transe”, “O Padre e a Moça” e “Macunaíma”. 
    • 01:09:44 7º Bloco: Dependência financeira dos pais e casamento; frequência na casa de Ana Luisa Escorel na adolescência em 1963; convivência com pais de Ana; reencontro e casamento em 1968; necessidade de profissionalização; possibilidades de remuneração; comparação entre tempos atuais e início da carreira. 
    • 01:17:58 8º Bloco: Opção por Ciências Sociais; atuação política; relação com o Partido Comunista; reuniões na casa de Alex Vianny e engajamento como pessoa de cinema; registro do enterro de Edson Luiz e câmera usada; receio da repressão em guardar o material filmado; entrega do material do enterro e do Comício de 13 de março no Museu de Arte Moderna. 
    • 01:25:56 9º Bloco: Documentário como principal forma de expressão; inspiração no Neorrealismo; fracasso comercial de “Ato de Violência”; impossibilidade de orçar uma ficção; tentativas de projetos para televisão nos anos 90; festivais e prêmios em 1969; a Condição Brasileira (Caravana Farkas); filmagem de “A Visão de Juazeiro” e de “O Leão de Sete Cabeças” (Itália); motivo do nome Caravana Farkas; “Visão de Juazeiro”; volta ao RJ e filme sobre Nelson do Cavaquinho; como foi escolhido para montar filmes do Cinema Novo no exterior; razões da volta a fazer documentário; ficção como objetivo nos anos 90; importância de “Chico Antônio” e “Cabra Marcado para Morrer”; concentração no cinema documentário e crescimento no Brasil a partir dos anos 1990; cinema como forma mais viável de profissão. 
    • 01:42:00 10º Bloco: Cinema Novo como lugar para o cinema documentário; movimentos de renovação do cinema; filmes internacionais que influenciaram a geração; filmes e cineastas importantes ao Cinema Novo; impossibilidade de fazer cinema documentário no Brasil depois do golpe; cinema feito no Brasil como “cinema de compromisso”; o ato de filmar como redescobrir o Brasil; crescimento da televisão; processo de redemocratização; amplitude do cinema. 
    • 01:50:55 11º Bloco: Olhar para o cinema documentário do início do Cinema Novo e “Cabra Marcado para Morrer” como marco crucial; Eduardo Coutinho como elo entre  documentário contemporâneo e geração do Cinema Novo; influência da estética do Cinema Novo nas novas gerações de cinema; 
    • 01:58:14 12º Bloco: Dificuldades administrativas na presidência na Embrafilme; a profissão Cineasta; documentário longos e dificuldades de produção; documentários feitos para TV; o não lugar de certos documentários com temáticas específicas e de longa duração; burocracia do cinema; renovação do cinema brasileiro; atual modelo de produção e distribuição cinematográfica. 

     

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  • Memória do Cinema Documentário Brasileiro: histórias de vida

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    ENTREVISTA 2: 06.07.2012

    • 00:00:51 1º Bloco: Possíveis pontos de contato entre produções cinematográficas realizadas na atualidade e na época do Cinema Novo; a diversidade de filmes produzidos no período do Cinema Novo; temporalidades do Cinema Novo. 
    • 00:10:19 2º Bloco: O trabalho recente ao lado de cineastas mais jovens; as mudanças nas formas de se fazer filme; a montagem de filmes na atual geração tecnológica; os trabalhos na academia; a atividade docente; a atividade docente na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). 
    • 00:23:45 3º Bloco: A opção pelo documentário; o perfil enquanto professor; o significado dos cursos de cinema na atualidade; a profusão atual de cursos de cinema; a organização dos cursos de cinema ministrados; os perfis dos alunos do curso de pós-graduação de cinema documentário da FGV; a “ilusão” do cinema e o cinema documentário. 
    • 00:41:29 4º Bloco: O trabalho de pesquisa para a realização da série sobre o Estado Novo; o interesse pela pesquisa; o acompanhamento de documentários atuais; a experiência de trabalhar em Minas Gerais na gravação de “O Padre e a Moça” de Joaquim Pedro de Andrade; a montagem do filme “O Padre e a Moça; a experiência como Júri em festivais; o filme “Paralelo 10” de Silvio Da-Rin. 
    • 00:54:12 5º Bloco: A realização do documentário “Paulo Moura. Alma Brasileira”; a profissão de cineasta. 
    • 00:59:01 6º Bloco: O curso de Arne Sucksdorff, promovido pelo Itamaraty em 1963 no Rio de Janeiro; a trajetória paralela de aplicação de cursos do cineasta Joris Ivens no Chile; a rivalidade entre Rio de Janeiro e São Paulo no cinema; o Cinema Novo e o Rio de Janeiro; a caravana de Thomaz Farkas e o intercâmbio entre paulistas e cariocas. 
    • 01:08:33 7º Bloco: Influências intelectuais; a influência das leituras de Claude Levi-Strauss, Michel Foucault, Mário de Andrade, Celso Furtado e Marshall Berman; as descobertas no cinema: David Perlov, Péter Forgács, Jorgen Leth, Pedro Costa e Naomi Kawase. 

     

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