Andrea Tonacci

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Andrea Tonacci

Andrea Tonacci nasceu na Itália em 1944, filho de engenheiro e enfermeira, se muda para o Brasil em 1953. A família se instala em São Paulo onde passa sua juventude, estuda arquitetura e engenharia na Mackenzie e dá aula na escola de cinema São Luís. Desde a infância se interessa pela imagem e pela memória. Frequenta o cineclube da cinemateca organizado na época pelo Paulo Emilio Salles. Conhece Rogério Sganzerla com quem faz seus primeiros curtas, Olho por Olho e O Pedestre. O curtas participam do festival JB de cinema amador, no qual ganha um prêmio por melhor conjunto de obra fotográfica. Escreve e dirige o média metragem Blá Blá Blá, premiado no Festival de Brasília de 68. Filma seu primeiro longa-metragem Bang Bang que é seleciona para quinzena dos realizadores em Cannes. No inicio dos anos 70 viaja para Londres, no mesmo período em que outros artistas estão exilados no país. Vai para Índia por terra com Júlio Bressane. Volta para o Brasil, faz uma série de vídeos de música e se envolve com a questão indígena que ele se dedica por toda década de 80 e 90 e comina no documentário Serra da Desordem, premiado no festival de gramado como melhor documentário. Andrea acumula por gerações filmes, áudios, vídeos e fotografias que passam por um processo de recuperação e que mais tarde será montado. Seu último longa metragem é o Já Visto Jamais Visto, um primeiro fruto do material reunido, recuperado e armazenado durantes esses anos. Andrea é uma referencia de um cinema de vanguarda, sem concessões, de um envolvimento intuitivo e comprometido com o olhar e questões mais amplas e humanistas.

  • Memória do Cinema Documentário Brasileiro: histórias de vida

    Minutagem

    ENTREVISTA: 01.07.2016

    • 00:01:27 1º Bloco: A infância na Itália; família; o período da guerra para os pais; memórias e imagens da infância; vinda ao Brasil.
    • 00:15:32 2º Bloco: Infância; adolescência; memória filmada; película; memória e cinema; “Já Visto Jamais Visto”; restauração de películas e vídeos de família e viagens; projeto para montagem desse material.
    • 00:25:37 3º Bloco: Anos 60; primeira memória de cinema; experiências com a câmera; vestibular; período da faculdade de arquitetura e engenharia; cineclube; cinemateca, Paulo Emilio; 
    • 00:38:31 4º Bloco: Rogério Sganzela, cinema narrativo; primeiros filmes, Escolas e mestres do cinema; os mineiros; vinda para o Rio; “Blá blá blá” Festival JB de cinema amador; Cinema Novo; censura.
    • 00:48:37 5º Bloco: Anos 70; período da Ditadura, ação política; curtas e busca da autonomia, lei do curta; vídeos de música; ida para Londres, viagem pela Índia, volta a São Paulo, curtas, “Já Visto Jamais Visto”.
    • 00:58:49 6º Bloco: Cannes, Quinzena dos realizadores; “Bang Bang”, feitura do filme, simbolismo, construção dos personagens, montagem, Carapiru.
    • 01:11:11 7º Bloco: Cinema Marginal/marginalizado, movimentos do cinema, proximidade das pessoas, não grupo; humanismo e liberdade; “Interprete mais, ganhe mais”, Ruth Escobar.
    • 01:25:26 8º Bloco: Viver de cinema/vídeo e outros; década de 80, “Tabu Totem”, questões indígenas; nascimento do “Serra da Desordem”; olhar do outro, “trajeto como ser humano no mundo”;
    • 01:40:08 9º Bloco: Anos 90; fim da Embrafilme, mercado de prestação de serviço, filmes de encomenda ou institucionais sem perder a subjetividade própria; “Araras” e “Serra da desordem”, construção da confiança e relacionamentos duradouros na feitura dos filmes; parceria com Cristina Amaral.
    • 01:50:58 10º Bloco: “Já visto Jamais visto”, recuperação do material, montar a própria vida como uma história externa; afetos, questão pai e filho.
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